Os Secos & Molhados foram um dos grupos musicais brasileiros mais marcantes e influentes dos anos 70. O sucesso estrondoso que eles obtiveram em pouco tempo deixou muitos surpresos e curiosos. O jornalista Claudio Bojunga, do Jornal da Tarde, foi um deles e em um artigo de 1974, intitulado “Secos & Molhados, Um balanço de seis meses de sucesso”, tentou desvendar o enigma do grupo.

Bojunga começa o texto com 11 perguntas que ele considera serem o ponto de partida para tentar explicar como o grupo conseguiu lotar shows em várias cidades brasileiras e vender meio milhão de discos em um período de seis meses. Entre essas perguntas estão “Como? Porque? De onde? Para onde?”. Claramente, Bojunga estava intrigado com o sucesso do grupo e queria entender o fenômeno que os Secos & Molhados haviam se tornado.

Quem eram os Secos & Molhados?

Formado por Ney Matogrosso, João Ricardo e Gerson Conrad, o grupo surgiu em São Paulo no início dos anos 70. Ney Matogrosso era o vocalista e a sua performance teatral, onde se vestia com roupas extravagantes e maquiagens exuberantes, se tornou marca registrada do grupo. João Ricardo e Gerson Conrad compunham as músicas e tocavam os instrumentos, além de contribuírem com harmonias vocais. Juntos, eles foram responsáveis por alguns dos maiores sucessos da música brasileira, como o hit “O Vira”.

Como o sucesso chegou tão rápido?

Para entender o sucesso dos Secos & Molhados, é preciso lembrar do contexto brasileiro dos anos 70. O país passava por um período de censura e repressão política, e muitos artistas utilizavam a música como forma de protesto. O som dos Secos & Molhados era diferente de tudo o que havia sido feito antes no Brasil: misturava música regional e folclórica com rock, resultando em um som inovador e moderno. Além disso, a performance teatral de Ney Matogrosso era fascinante e cativante, e isso ajudou a popularizar o grupo entre um público cada vez mais amplo.

Qual era a relação entre os membros do grupo?

Bojunga, em seu artigo, destaca as diferenças entre os três membros do grupo. João Ricardo era o mais arrogante e acreditava firmemente na importância nacional e na missão histórica do grupo. Gerson Conrad era o mais jovem e impassível, e Ney Matogrosso, além de voz rara (contratenor), era extremo, exagerado e seguro de si. Essas diferenças contribuíram para a dinâmica única do grupo e para a sua capacidade de atrair um público diversificado.

Que papel a androginia desempenhou no sucesso do grupo?

Bojunga também destaca a influência da androginia na performance de Ney Matogrosso e nos figurinos do grupo. Nos anos 70, uma série de figuras andróginas começaram a aparecer na cultura pop, como David Bowie e Mick Jagger, e a performance teatral de Ney Matogrosso seguia essa tendência e aprofundava o sentido dramático e a beleza estética da banda, tornando-os ainda mais fascinantes.

Qual é o legado dos Secos & Molhados?

O impacto dos Secos & Molhados na música brasileira foi enorme e duradouro. Eles foram pioneiros em misturar sons regionais com rock e em utilizar a androginia na performance teatral. Além disso, Ney Matogrosso se tornou um ícone da cultura LGBTQ+ no Brasil, abrindo caminho para muitos artistas que vieram depois dele. O sucesso rápido e intenso dos Secos & Molhados inspirou muitos outros artistas brasileiros e abriu espaço para novas experiências musicais e estéticas na música do país.

Você conhece os Secos & Molhados?

Talvez, ao ler este texto, você tenha ficado curioso(a) para ouvir a música dos Secos & Molhados. Se for esse o caso, você não está sozinho(a)! A musicalidade e a performance teatral do grupo são fascinantes, e vale a pena dar uma chance a essa banda que deixou uma marca tão importante na história da música brasileira.

Este texto foi escrito por um assistente virtual e revisado por humanos para garantir a qualidade da informação.

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Por /Jornal da Tarde